953


Pessoal, tive 953 votos! É muito pouco para qualquer pretensão. Sabia que seria difícil ser eleita, especialmente pela falta de recurso financeiro para alcançar o Interior (o partido meu deu verba a 3 dias das eleições!!!), mas esperava em torno de uns 3 mil votos para que eu pudesse ao menos ter voz na tentativa de interferir, por exemplo, na indicação do Presidente do IPSEMG. Mas, nem isso.

É muito pouco voto para qualquer pretensão política, para ensaiar qualquer pedido que pudesse favorecer os segmentos que defendo, mas é voto demais da conta, a considerar meu histórico, e estou muito agradecida por isso.

Muito obrigada, a cada um que confiou em mim e em minhas ideias. Foi estressante, mas foi um grande aprendizado e gostei muito de ter participado do pleito. Tenho hoje outra visão a respeito de muita coisa e isso é muito bom!

Muito, muito, muito obrigada!

Obrigada!

O meu ingresso na política por meio desse projeto de tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa para participar das decisões a serem tomadas sobre o IPSEMG foi de uma aprendizado importantíssimo. Temos uma visão, em grande parte, equivocada sobre esse tema e estou feliz pelo tanto que essa candidatura me ensinou. 

Nesse caminho, eu apanhei, viu?! Muitas vezes, dizer que sou candidata já era motivo para ser ofendida e humilhada, sem que eu sequer conseguisse dizer candidata a quê. Também recebi muitos nãos educados. Mas o seu apoio, seu carinho, sua torcida me ajudaram muito a encarar tudo isso com garra e perseverança. E lembrar de tanta consideração me enche os olhos d'água enquanto escrevo essa mensagem. Muito obrigada!

Trabalhei pela vitória, mas, independentemente de qualquer coisa, ganhando ou vencendo, jamais vou esquecer e deixar de sentir profunda gratidão por todos vocês, velhos e novos amigos! Claro que não posso citar nomes, para não cometer injustiças, mas preciso registrar que sou grata a todos que me levaram a essa candidatura, que a apoiaram, que me ajudaram a buscar recursos financeiros, que tiraram do seu salário para somar, que trabalharam na campanha sem ganhar um tostão, que pediu votos, gente que nem pode votar em mim e que torceu, incentivou.

Encerro minha campanha com a convicção de que ninguém, ninguém que não esteja mergulhado neste métier sabe o que de fato quer dizer a ideia de que a política é fundamental em nossas vidas. É preciso viver a política para que se possa introjetar a profundidade dessa afirmativa.

E foi a partir desse aprendizado que compreendi a grande falácia (to cheia das palavra difícil, né?) do cenário político brasileiro: não é seu voto que constrói um país melhor, é a sua participação e participar é muito, muito, muito mais que votar em um candidato honesto. Escolher um bom candidato e elegê-lo não é suficiente para a mudança que anseiamos. Mas isso é assunto pra outro dia. 

Seja qual for o resultado nas urnas, continuo à disposição de quem precisar, como sempre estive.

Um beijo do tamanho do mundo procês!


Vote Adriana Fernandes, 44544, para deputada estadual.

Nada sobre nós, sem nós


Lema da luta pela inclusão das pessoas com deficiência, o "nada sobre nós, sem nós" foi mencionado no programa Conversa com Bial sobre Autismo, exibido em 03/05/2018 (assista!).

A ideia é trazer o protagonista da situação para discutir os problemas e soluções de determinada condição e isso é imprescindível em qualquer luta, não apenas no caso dos deficientes.

Nada sobre nós, sem nós. É como eu quero que seja meu mandato, se eleita. Preciso da participação dos segmentos que represento para com vocês encontrar as melhores respostas para nossas demandas.


É assim que a política deve ser, independentemente de meu resultado nas urnas: com gente nova, caras novas, ideias novas, posturas novas. Nada sobre nós, sem nós!

Vote Adriana Fernandes, 44544, para deputada estadual.

Voto distrital

Assunto de interesse de muita gente, apresento um excelente infográfico sobre voto distrital, como funciona, vantagens e desvantagens.

Leia mais em: Politize!

Vote Adriana Fernandes, 44544, para deputada estadual.

Muito prazer!



Sou Adriana Ferreira Fernandes, servidora do IPSEMG e usuária dos serviços da instituição há 25 anos. 

Fui lotada na unidade de pessoal da Sede por 6 anos, onde coordenei a folha de pagamento. De 1999 a 2002, fui assessora da Presidência. Posteriormente, atuei na Procuradoria por 10 anos, inicialmente como advogada parecerista, em desvio de função recentemente reconhecido judicialmente, passando pela coordenação da Secretaria da unidade e depois como coordenadora dos estagiários de Direito. Fiquei 1 ano no HGIP, na Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (CPAD) e na Comissão de Gestão de Informações (CGI). Em 2012, fui assessora de RH na CAMG e desde 2013 estou lotada no CEM (Central de Regulação, Gestão de Agendas e Gabinete). Atualmente, presto serviços na Secretaria da Urologia. 

Graduada em Biblioteconomia (UFMG – 1994) e em Direito (Izabela Hendrix), sou pós-graduanda lato sensu (especialização) em Orientação Sexual, pela Graduarte. 

Antes de atuar no IPSEMG, fui camelô e feirante na antiga Feira Hippie da Praça da Liberdade e depois na Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena, onde comercializava o vestuário infantil que produzia e onde minha mãe ainda hoje atua. Concomitante ao serviço público, fui bibliotecária freelancer, organizando acervos particulares, e advoguei nas áreas de Família, Consumo e Indenizações de 2005 a 2012. Fui professora de módulos de direito em cursinhos para concurso de nível médio de 2005 a 2010 e instrutora de Bombeiros Civis (Ética Profissional e Legislação profissional) de 2008 a 2017. 

Atuo como voluntária em causas sociais desde 1996 (Hospital das Clínicas da UFMG) e  sou advogada pro bono desde 2006 em movimentos quilombolas, associações profissionais, na proteção animal, no Projeto Alô Doutora e na Corregedoria do IPSEMG (de 2006 a 2010), onde defendi gratuitamente vários colegas. 

Participou do Programa Rádio Vivo, da Itatiaia, com José Lino, como debatedora, desligando-se para participar de gravação semanal de podcast jurídico em parceria com o mencionado Projeto Alô Doutora. 

Sou blogueira (adrianafernandesbh.blogspot.com.br) e escritora cronista, autora dos livros “A vida em palavras: situações de Direito, de humor e de indignação” e “A vida em palavras 2: falando sobre sexo e relacionamentos (proibido para menores de 40 anos)”, ambos pela Editora Multifoco, que também publicou o seu livreto “Bombeiro Profissional Civil: aspectos jurídicos e éticos da atividade”. Autora ainda do ebook (Amazon) “Família Resende: história, curiosidades e uma homenagem aos Remígio de Reszende”, resultado de sua pesquisa como genealogista amadora. 

Candidata pela primeira vez, impulsionada pela necessidade de se ter uma representante dos servidores e beneficiários do IPSEMG na Assembléia Legislativa, como tentativa de conter o sucateamento do Instituto e o desrespeito a seus beneficiários. 

Tenho 50 anos, sou divorciada e moro em Belo Horizonte.

Muito prazer.

Luta anti-manicomial

No último dia 18 de maio, os pacientes, familiares e trabalhadores da saúde mental saíram em bloco carnavalesco por Belo Horizonte, divulgando a bandeira anti-manicomial, ou seja, o fim dos manicômios, dos hospícios. O lema é "Saúde não se vende, loucura não se prende!"

Há cerca de 20 anos visitei o Museu da Loucura, em Barbacena/MG. Foi doloroso! E ainda vem um suspiro de "pqp" quando me lembro desse passeio. É algo que todos deveriam ver: a realidade crua dos tratamentos cruéis, degradantes, pelos quais passavam (será mesmo que acabou?) os doentes mentais nas instituições onde eram trancafiados.

Hoje é proibido manter os doentes internados, exceto em crises ou quando são violentos, com risco para si mesmos ou para os outros.

Porém, alguns pacientes, mesmo não representando risco exigem cuidados e atenção constante. O fim dos manicômios não veio com o apoio necessário às famílias, para que cuidassem de seus entes em situação de sofrimento mental. 

O resultado, algumas vezes, é trágico. O noticiário é cheio de casos de portadores de sofrimento mental que fizeram mal, muito mal, aos outros, aos próprios filhos e a si mesmos.

Essa pessoas, esses núcleos familiares, precisam de apoio e todo tipo de ajuda, em especial nos casos em que o paciente exige vigília constante. Quero muito colaborar neste sentido!



Vote Adriana Fernandes, 44544, para deputada estadual.

Precisamos falar sobre suicídio


No programa Conversa com Bial que foi ao ar dia 26/04/2018, o apresentador recebeu o psiquiatra Neury Botega, o jornalista, escritor e voluntário do CVV André Trigueiro e o sargento Diógenes do Corpo de Bombeiros Militar de São Paulo, para falar sobre suicídio.

O psiquiatra apontou que a genética do suicídio está relacionada à impulsividade, à depressão e à bipolaridade, todos eles fatores hereditários. Segundo ele, com o aumento expressivo da dependência química, tais fatores também cresceram, potencializando as situações de auto-extermínio.

Além disso, ele explica que não há um motivo para o suicídio. O que ocorre na verdade é resultado de diversos fatores e, por isso, não há que se falar em culpa ou fator determinante. Botega desmente a estatística da OMS, segundo a qual 90% dos suicídios poderiam ser evitados, por serem causados por transtornos mentais. Isso porque o transtorno por si só não leva ao ato extremo. É preciso que ocorra outro fator como a impulsividade, a chantagem emocional, a desesperança ou a agressividade. Inclusive, não são raros casos de suicídio entre quem não apresenta nenhum tipo de sofrimento mental.

Alerta ainda sobre a ameaça de suicídio. Ela não deve ser desprezada, apesar de configurar mera chantagem emocional, pois num momento de raiva e vontade de agredir o outro, o chantagista pode sim cometer o ato.

Todos os entrevistados foram unânimes em dizer que, ao interagir com quem demonstra vontade em se matar, devem ser evitados conselhos, apontamentos religiosos, críticas, moralismos ou auto-heroísmo. Apenas ouça e informe ao tentante (do suicídio) que se matar não é a única saída, que existem outros caminhos para a solução e que você está disposto a ajudá-lo a encontrar a saída que melhor que se aplica.

Neury Botega disse que há crescimento importante de casos de suicídio na faixa etária do final da adolescência.

O jornalista André Trigueiro indicou que há diferença entre depressão e estado depressivo, sendo que nesta último caso não há sofrimento mental, enquanto patologia. Ressaltou a importância do desabafo na prevenção do auto-extermínio, quando não há patologia mental associada. Repito: quando há transtorno mental, o desabafo não tem grande importância como fator de prevenção.

O sargento Diógenes faz um trabalho interessante no resgate de tentantes. Se antes, o objetivo era tirar a pessoa daquela situação, atualmente busca-se impedir nova tentativa. Isso é feito com o chamado resgate  humanizado, quando o profissional, militar ou não, ouve e compreende o ambiente interno de quem está em vias de suicidar-se. A preparação para este tipo de resgate envolve o reconhecimento de 3 tipos de abordagens diferentes, de acordo com o perfil do pretenso suicida: agressivo, depressivo ou psicótico.

Por fim, foi informado a necessidade de oferecer suporte aos familiares de quem suicidou-se, chamados sobreviventes de suicídio. O CVV tem um grupo de apoio para estas pessoas.

Fui voluntária do Centro de Valorização da Vida - CVV, entidade que há mais de 50 anos atua com prevenção de suicídio no Brasil e, se eleita, atuarei no fortalecimento do Centro que conta apenas com doações e ações voluntárias. 



Vote Adriana Fernandes, 44544, para deputada estadual.

A desumanidade da humanização na saúde


Em 01/08/2018, uma reportagem no Jornal Nacional me fez chorar muito. Ela mostrava um vídeo gravado pelo filho de uma paciente que se contorcia de dor numa unidade de urgência no Rio de Janeiro, enquanto 2 médicas aguardavam a ficha da mulher chegar até elas. A mãe do rapaz morreu. Tinha apenas 54 anos e a causa da morte foi complicação da diabetes. Clique aqui para assistir.

Cara, eu entendo perfeitamente a burocracia do serviço público, inclusive nos serviços de saúde. Eu sei que salvar a vida de alguém depende 1) da gravidade com se chega na urgência, 2) das condições do organismo da pessoa, 3) do médico e outros fatores.

Muitas vezes, vejo gente reclamando que o parente morreu por "falta" de atendimento, mas sei que mesmo sendo atendido a tempo e a hora, nada poderia ser feito e, portanto, o atraso no atendimento não salvaria aquela vida. Entendo a dor da perda, mas não dou atenção à indignação equivocada.

Pode até ser o caso da mulher da reportagem. Mas, é inadmissível assistir sua mãe se contorcendo há meia hora na sala de espera da unidade e descobrir duas médicas à toa, uma enviando mensagens no celular, e esperando uma ficha, um papel, sem dar a menor atenção ao apelo daquele filho aflito. Isso é desesperador, é cruel, é indigno, é inominável!!!

Ainda não sei como, mas vou me dedicar a encontrar um jeito, se eleita, de exigir que o tão divulgado acolhimento e atendimento humanizados nos serviços de saúde vá além do paciente. Quem acompanha a pessoa que está passando mal precisa ser atendido também, precisa ser acalmado, acolhido, apoiado, informado (psicólogos? assistentes sociais?). Os funcionários, médicos inclusive, não podem se manter inertes diante de alguém aflito, com ou sem razão. NÃO PODEM!!! Se há alguém aflito, essa pessoa tem que ser acolhida adequadamente, porque a gente sabe que vai dar merda, vai dar confusão, vai querer porrada. Porque então esperar isso acontecer e fazer cara de desdém diante da indignação de um filho desesperado e ficar esperando um papel chegar na sua mesa??? Se fosse a sua mãe, a mãe de um profissional de saúde, como ele se sentiria vendo gente fazendo descaso diante do sofrimento de um ente querido?

Isso tem que mudar!
Vote Adriana Fernandes, 44544, para deputada estadual.