Cara, eu entendo perfeitamente a burocracia do
serviço público, inclusive nos serviços de saúde. Eu sei que salvar a vida de
alguém depende 1) da gravidade com se chega na urgência, 2) das condições do
organismo da pessoa, 3) do médico e outros fatores.
Muitas vezes, vejo gente reclamando que o parente
morreu por "falta" de atendimento, mas sei que mesmo sendo atendido a
tempo e a hora, nada poderia ser feito e, portanto, o atraso no atendimento não
salvaria aquela vida. Entendo a dor da perda, mas não dou atenção à indignação
equivocada.
Pode até ser o caso da mulher da reportagem. Mas, é
inadmissível assistir sua mãe se contorcendo há meia hora na sala de espera da
unidade e descobrir duas médicas à toa, uma enviando mensagens no celular, e
esperando uma ficha, um papel, sem dar a menor atenção ao apelo daquele filho
aflito. Isso é desesperador, é cruel, é indigno, é inominável!!!
Ainda não sei como, mas vou me dedicar a encontrar
um jeito, se eleita, de exigir que o tão divulgado acolhimento e atendimento
humanizados nos serviços de saúde vá além do paciente. Quem acompanha a pessoa
que está passando mal precisa ser atendido também, precisa ser acalmado,
acolhido, apoiado, informado (psicólogos? assistentes sociais?). Os
funcionários, médicos inclusive, não podem se manter inertes diante de alguém
aflito, com ou sem razão. NÃO PODEM!!! Se há alguém aflito, essa pessoa tem que
ser acolhida adequadamente, porque a gente sabe que vai dar merda, vai dar
confusão, vai querer porrada. Porque então esperar isso acontecer e fazer cara
de desdém diante da indignação de um filho desesperado e ficar esperando um
papel chegar na sua mesa??? Se fosse a sua mãe, a mãe de um profissional de
saúde, como ele se sentiria vendo gente fazendo descaso diante do sofrimento de
um ente querido?
Isso tem que mudar!
Vote Adriana Fernandes, 44544, para deputada estadual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário